Nosso primeiro dia de viagem
Fui intimada pelo meu marido a escrever sobre a viagem. Espero poder corresponder uma vez que será a primeira vez que estarei narrando fatos de uma viagem de moto.
Saímos de Lajeado as 5h30min, trazendo muita bagagem (coisas de mulher), mas o estritamente necessário. Tudo foi muito bem pensado e analisado, imaginem como foi difícil para mim. Mas tudo bem, até porque não sou marinheira de primeira viagem. E por incrível que pareça estou trazendo menos do que a viagem que fizemos em 2007 para o Chile.
O inicio da viagem transcorreu tranquilamente, como todo o trajeto percorrido no dia de hoje. Bem, sem contar que a “Aurora” como é conhecido nosso GPS, nos deu um susto, pelo sinal que começou a emitir. Mas o Luis resolveu sem maiores problemas. Passando Pouso Novo eu senti um pouco de frio e também porque havia um pouco de cerração. Para o Luis a temperatura estava agradável.
A primeira parada foi em Carazinho para abastecer a moto e um cafezinho. Seguimos em frente e aos poucos a temperatura começou a aquecer. Fomos ate São Borja e novamente a parada para abastecer a moto e a nós mesmos. Fizemos um lanche com bastante água porque o calor já era muito.
Saindo do posto fomos em direção à aduana da Argentina para o procedimento legal. Tudo muito tranqüilo e rápido. Importante foi termos levado os passaportes. É uma forma de ser mais ágil porque se evita o preenchimento de formulários.
Seguindo a viagem o termômetro já marcava 38 graus, e a cada quilometro rodado parecia que a temperatura aumentava mais. Na minha cabeça com certeza estava uns 50 graus. O calor só piorava. Na parada seguinte, eu estava me sentindo desidratada, mas meu marido disse que este “calorzinho” era somente um teste para amanha. Fiquei assustada, mas o que poderia fazer neste momento? Continuei tomando minha água de U$3,00 (cara!) para me hidratar.
Saimos da cidade e continuamos nosso roteiro e resolvemos não mais parar, porque a cidade de Corrientes estava a 230km. Encontramos outros motociclistas parados à sombra das arvores, com certeza para aliviar um pouco o calor.
Faltando 40km para chegar a Corrientes, o movimento estava intenso no sentido contrário. Acreditamos que fosse pelo término do feriado.
Ficamos no mesmo hotel que o Luis ficou em 2008 quando foi pra Machu Picchu, e, após a chegada, o Luis aproveitou um banho de piscina para relaxar a musculatura e refrescar o corpo, para depois descansar um pouco. Jantamos no próprio hotel, excelente comida. Segundo o meu marido, nesses três anos a inflação chegou por aqui. Fico agora pensando o que realmente me espera amanhã. Mas tudo bem, está tudo transcorrendo muito bem. Pedimos a Deus que nos acompanhe nesta jornada e proteja. Ate amanhã.