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hotel cabana em Los Vilos |
Saímos cedo, sem café. Em termos de paisagem não há muita coisa interessante, a não ser pilotar pela magnífica pista dupla da Ruta 5, e algumas encostas com o Oceano Pacífico. Num dos abastecimentos das motos, haviam muitos veículos de apoio/organizadores, estes se deslocando para Santiago. Por 70 km enfrentamos (em plena região desértica) uma neblina muito forte, onde a roupa de ficou umedecida; mas depois veio o sol. Pegamos a saída Los Andes, indo em direção à Argentina pelo Paso Cristo Redentor. Havia no caminho, ainda na Ruta 5, uma placa dizendo algo sobre horários de passagem, mas não demos bola e não compreendemos o significado. Putz, depois de passar por Los Andes havia uma primeira barreira policial, onde informam que mais adiante a passagem está interrompida até as 20:00 horas, pois somente quem vem da Argentina tem passagem. Chegando na barreira policial definitiva de bloqueio de passagem, pelas 10:00 horas, ficou confirmado que teríamos que esperar até as 20:00 horas. Éramos as primeiras motos a parar, estando apenas 5 carros na frente. Colocamos as motos à sobra debaixo de uma árvore, e em frente a uma lancheria. Bom, não havia mais o que fazer, a não ser esperar. No início foi cansativo, pouca gente, mas depois foi melhorando quando chegaram mais motos e a fila dos carros aumentando, proporcionando, àquela altura dos acontecimentos, contatos e conversas mais animadas. à tarde chegou o Alexandre. Aproveitei a sombra e abri meu "colchão" de acampamento e tirei um leve sono. Nesse local havia um casal de holandeses (John e Margo) viajando pelas américas, numa camionete, bem equipada, trazida de lá por navio. Vâo até Ushuaia e depois para o Alaska. Também dois casais de motociclistas do nordeste do Brasil, entre outros brasileiros de carro. Até que ficou animada a tarde. Quando liberada a saída, fomos escoltados pela polícia chilena por 24 km, até a fronteira. As obras estão sendo feito nos Caracoles. O horário de passagem, até 31 de maio, é de dia para quem vai da Argentina ao Chile, e à noite do Chile para a Argentina. Ano que vem será o inverso. A fila era em torno de 25 km de comprimento. A aduana de saída/entrada foi rápida; eu era o segundo da fila, porque todas as motos passaram à frente dos carros. Já era noite quando saímos da aduana, e daí experimentei uma nova sensação: viajar à noite descendo as Cordilheiras, sem movimento de veículos, porque as motos eram as primeiras a descer, e não havia veículos vindo em sentido contrário. Velocidades entre 100/140 em plena Cordilheira, naquela escuridão, apenas iluminados pela lua entre as montanhas. O porém foi apenas nos últimos 30/40 km antes de Uspallata, porque choveu fraco e molhou a roupa de cordura. Chegando em Uspallata-AR, ficamos no hotel El Condores (US$ 100,00). Pelos percalços do bloqueio, rodamos pouco no dia: 339km. Amanhã não sabemos com certeza por onde vamos, ou onde vamos parar.
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... descansando um pouco |
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casal holandês: John e Margo |
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prova do atraso... |
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... motociclistas do nordeste do Brasil |
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...subida da Cordilheira |
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caracoles (CH) em obras |
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Aconcágua no por do sul, no meio, ao fundo |
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