Dia 16 - Neily/CR a Rivas/NC

Rodagem: 538 km. Temperatura: 41,5 graus.  Quente, abafado e úmido.Foi um sufoco...derretendo. Mas Costa Rica é muito bonita, pessoas simpáticas e a estrada, apesar do calor, é sempre margeada por muito verde, palmeiras, bananeiras e 'grandes árvores tropicais, permitindo um andar tranquilo, sem notar(muito) o tempo passar. O único senão é que a estrada, na sua maior parte, tem o asfalto remendado e sem sinalização. Não há muito movimento, mas quase toda a estrada é "proibido" ultrapassagem. Passando hoje por esse trajeto, concluí que a dúvida de ontem se viríamos pela serra(frio) com menos movimento, ou pela costa(calor), mais movimentada, se dissipou. O óbvio era tanto que não nos damos conta, pois o nome do país já diz tudo! Para quem vier e conseguir chegar na Costa Rica bem antes do anoitecer, recomendo pernoitar numa de suas tantas praias que, embora não fomos a nenhuma, somente a quantidade de hoteis, todos aparentemente aconchegantes, que existem à beira da estrada, significa haver muita procura de turistas(confirmado depois em conversa com um nativo). A Costa Rica é bem tranquila; gostei muito de rodar por ela. Acho que vale ficar muitos dias visitando suas praias, quase um paraíso dos surfistas.Estão em obras na rodovia, duplicando e fazendo viadutos, com desvios.O azar do dia foi com o parceiro Marcelo, que teve um pneu cortado  e o outro furado,no mesmo momento, próximo à Libéria, segundo ele me informou por mensagem. Ocorre que num dos viadutos eu saí na frente (desde o Brasil vinha ponteando, e o Marcelo quando para logo depois ele me alcança) e fui andando, Parei para fotografar, e ele ainda não vinha. Fui até a cidade que marcamos - Libéria - e aguardei num viaduto grande e central por uma hora, e ele não aparecia. Achei que num dos desvios poderia ele ter pegado um diferente do meu, já que era uma parte central com opções diversas. Segui então rumo à fronteira, e na primeira barreira policial eles perguntei sobre a moto e Marcelo e eles me informaram que já havia passado. Segui à fronteira e lá a polícia disse que não havia passado nenhuma moto. Aguardei por 1 hora na fronteira. Nada. Como não existe nada por ali, e a noite quase se aproximava, resolvi fazer as aduanas e segui até Rivas, primeira cidade da Nicarágua. Estou hospedado no Hotel El Principe 2, um meia-boca, ao lado da estrada (US$ 35,00). Então recebi a mensagem do Marcelo referente os pneus, e ele foi com guincho até a capital São José para comprar e trocar os dois pneus. Ele está bem e segue a jornada assim que trocaram os pneus .A aduana de saída da Costa Rica é simples e rápida, porém devemos tirar uma fotocópia do documento de entrada da moto, para fazer a saída (no meu caso fiz a suspensão). Agora, a aduana da Nicarágua, não tem como explicar, é um zigue-zague, um monte de "atravessadores" brigando por cliente(eu), em que os fiscais ficam se movimentando para se conseguir um carimbo. Contratei um(dupla) atravessadores para "orientar"  onde se vai para fazer os documentos. Ruim com eles, pior sem eles. Para sair da Costa Rica devemos pagar um seguro/taxa de saída (US$ 8,00). Na Nicarágua, devemos pagar algumas taxas, que no total +-US$ 35,00 . A moeda da Nicaragua é o Colones, que equivale a +-26 por 1 dolar. Falei por telefone com o Marcelo, e combinamos que vou seguindo(pouco mais devagar) e ele me alcança em 2/3 dias. No domingo não tem aduana, segundo me informaram. Então, vou tentar amanha chegar em Honduras, cruzar Honduras e ingressar em El Salvador. Vamos ver.