Bem. A rotina hoje foi desgastante fisicamente, mas pelo ponto de vista emocional e espiritual, foi gratificante. Levantei as 02:30 horas da madrugada, e o agente de turistmo passou as 03:00 horas, para irmos a Machu Picchu. Como nossa intencao era chegar o mais cedo possível em Machu Picchu, antes da leva de turistas que chegam próximo das 11:00 horas da manhã(chegam no primeiro trem que sai direto de Cusco para Aguas Calientes), o agente colocou uma turma de 7 pessoas em dois taxis, indo até Ollantaytambo (leva 1h30min), para dali pegar o primeiro trem para Aguas Calientes, que sai as 05:37 horas, levando mais 1h30min aproximadamente - e isso somente para fazer 16 km!), e de Aguas Calientes somente se pode chegar a Machu Picchu de bus(lotação), que leva 25 minutos. Portanto, chegamos em Machu Picchu próximo das 08:00 horas da manha. O tempo não estava bom, com muita neblina e chuvisco. Colocamos as capas de chuva e iniciamos o passeio com um guia. Um pouco depois parou o chuvisco, oscilando apenas a neblina. Tivemos hoje, dia 14/01/2008, uma completa aula da cultura Inca (nosso guia é mais precioso e diz que na verdade é cultura ' quechua', eis que este era(e é, porque ainda existem descendentes) o povo que aqui habitava. Inca, segundo entendi, era o rei desse povo. Bom, acho que talvez seja um pouco complexo, tanto que comprei um CD sobre essa origem e história. O rei Inca tinha também seu palácio em Cusco, e seguidamente visitava Machu Picchu. Bom, é fácil imaginar o tempo que levava pra chegar! Quando se chega no parque e nos damos de frente para as primeiras ruinas, já causa um impacto. Dali para frente é viajar no tempo. Aqui em Machu Picchu não é diferente do que se sente no Vale Sagrado, pois tudo é parte de uma mesma cultura. A diferença, talvez, é pela grandiosidade dessa obra em um único lugar. Seguem as contruções a mesma logica e praticidade, observando sempre a nascente do sol, e dando sempre o devido e imprescindível valor à água. Nessa obra fantástica (e com legitimidade é uma das 7 maravilhas do mundo) há uma magia e esplendor que fascina o mais incrédulo, porque aqui não se discute uma doutrina ou religião. Aqui é o que é na forma com que aquele inteligente povo vivia, tirando sabe lá de onde todo um conhecimento de arquitetura, de agricultura, de astrologia, de medicina, etc... equiparando-se aos egípcios da antiguidade. Por aqui circulam gente de todo mundo, de todas as crenças e ideologias. É um lugar místico. Esse misticismo vai entranhando em nossas mentes na medida em que vamos caminhando por entre essas ruinas, como se a partir de então estivéssemos fazendo parte não do local, mas da vida dos Incas(quechuas). Subi e desci várias vezes por essas ruinas, visitando cada ponto, cada canto. Mas o ponto principal foi ter subido até o topo da montanha Waynapicchu, na sua última e mais alta pedra. São aproximadamente 240 metros de subida, quase em linha vertical, por uma trilha que passa uma ou duas pessoas, por escada de pedra que em alguns momentos o espaço para pisar é somente do pé, tendo por um lado a rocha da montanha, e do outro o precipício(barranco, desfiladeiro, etc.). Mas a vontade de alcançar o cume dessa montanha nos faz seguir em frente, mesmo que se esteja fazendo esforço a 2.800 metros de altitude, onde o ar fica mais escasso. Levei 50 minutos para subir essa montanha Waynapicchu(é aquela grande que se vê ao fundo nas tradicionais fotografias de Machu Picchu), e consegui! Infelizmente o tempo não ajudava, mas por poucos minutos, quando a neblina era afastada pelo vento, pude admirar a beleza do lugar, em ângulo de 360 graus. Fascinante! Possivelmente eu vá complementando essa preciosidade que é Machu Picchu, e também do Vale Sagrado, isso porque trata-se de sentimento pessoal sobre algo que as palavras nunca vão conseguir transmitir, por mais que se escreva. Dizer da beleza, do que essa obra-prima do homem é e do que representa, é ser retórico demais. Para quem um dia sonhar em vir a Machu Picchu, como eu, só posso dizer: venha! vale a pena. Para aqueles que pretendem fazer do sonho uma realidade, em especial se for de moto, não há dificuldade e jamais será impossível ou perigoso. O que poderá haver, apenas, serão alguns contratempos, os quais fazem parte da vida, mas por outro lado preparam melhor a experiência do homem. As informações via internet não são rápidas, muitas vezes sequer é possivel mandar fotografias para o site, e quando consigo é demorada a transmissão. Por isso dos atrasos. Cusco é um cidade grande, e dessas que eu já passei no Peru é a mais bonita (mas o trânsito igual, muito louco). No Perú há grande influência religiosa católica, por isso as igrejas em geral são bonitas. Aqui em Cusco me senti num lugar seguro, (pelo menos na parte mais central), pois há inúmeros policiais. Há uma praça chamada Plaza das Armas (aliás, quase todas as cidades no Perú tem um Praca das Armas), que é o coração de Cusco, e onde se situam duas igrejas muito bonitas, com destaque para a Catedral. Em Cusco também há a famosa pedra dos 12 angulos, obra essa também deixada pelos Incas. Amanhã vamos iniciar a viagem para Nasca, devendo parar em Abamcay para pernoitar, uma vez que é dificil de fazer esse percurso(700 km) num dia, pois as informações dizem que há muitas curvas, subidas e descidas. Vamos ver depois.
Este site traz minhas viagens de moto, de médias e longas distâncias. Meu lema: Motociclismo, Aventura Sem Fronteiras. Já visitei o Deserto de Atacama (de norte a sul e de leste a oeste), Vina Del Mar, Pucon, Lagos Chilenos,Carretera Austral, no Chile; Machu Picchu, Nazca, no Peru; Mendoza, Buenos Aires, Bariloche e Ushuaia, na Argentina; Montevideo, Punta Del Este, Colonia del Sacramento, Rivera, no Uruguai; Paso San Francisco e Paso Sico; Rallye Dakar; e Alaska/USA.
Dakar - Paso San Francisco

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Bem. A rotina hoje foi desgastante fisicamente, mas pelo ponto de vista emocional e espiritual, foi gratificante. Levantei as 02:30 horas da madrugada, e o agente de turistmo passou as 03:00 horas, para irmos a Machu Picchu. Como nossa intencao era chegar o mais cedo possível em Machu Picchu, antes da leva de turistas que chegam próximo das 11:00 horas da manhã(chegam no primeiro trem que sai direto de Cusco para Aguas Calientes), o agente colocou uma turma de 7 pessoas em dois taxis, indo até Ollantaytambo (leva 1h30min), para dali pegar o primeiro trem para Aguas Calientes, que sai as 05:37 horas, levando mais 1h30min aproximadamente - e isso somente para fazer 16 km!), e de Aguas Calientes somente se pode chegar a Machu Picchu de bus(lotação), que leva 25 minutos. Portanto, chegamos em Machu Picchu próximo das 08:00 horas da manha. O tempo não estava bom, com muita neblina e chuvisco. Colocamos as capas de chuva e iniciamos o passeio com um guia. Um pouco depois parou o chuvisco, oscilando apenas a neblina. Tivemos hoje, dia 14/01/2008, uma completa aula da cultura Inca (nosso guia é mais precioso e diz que na verdade é cultura ' quechua', eis que este era(e é, porque ainda existem descendentes) o povo que aqui habitava. Inca, segundo entendi, era o rei desse povo. Bom, acho que talvez seja um pouco complexo, tanto que comprei um CD sobre essa origem e história. O rei Inca tinha também seu palácio em Cusco, e seguidamente visitava Machu Picchu. Bom, é fácil imaginar o tempo que levava pra chegar! Quando se chega no parque e nos damos de frente para as primeiras ruinas, já causa um impacto. Dali para frente é viajar no tempo. Aqui em Machu Picchu não é diferente do que se sente no Vale Sagrado, pois tudo é parte de uma mesma cultura. A diferença, talvez, é pela grandiosidade dessa obra em um único lugar. Seguem as contruções a mesma logica e praticidade, observando sempre a nascente do sol, e dando sempre o devido e imprescindível valor à água. Nessa obra fantástica (e com legitimidade é uma das 7 maravilhas do mundo) há uma magia e esplendor que fascina o mais incrédulo, porque aqui não se discute uma doutrina ou religião. Aqui é o que é na forma com que aquele inteligente povo vivia, tirando sabe lá de onde todo um conhecimento de arquitetura, de agricultura, de astrologia, de medicina, etc... equiparando-se aos egípcios da antiguidade. Por aqui circulam gente de todo mundo, de todas as crenças e ideologias. É um lugar místico. Esse misticismo vai entranhando em nossas mentes na medida em que vamos caminhando por entre essas ruinas, como se a partir de então estivéssemos fazendo parte não do local, mas da vida dos Incas(quechuas). Subi e desci várias vezes por essas ruinas, visitando cada ponto, cada canto. Mas o ponto principal foi ter subido até o topo da montanha Waynapicchu, na sua última e mais alta pedra. São aproximadamente 240 metros de subida, quase em linha vertical, por uma trilha que passa uma ou duas pessoas, por escada de pedra que em alguns momentos o espaço para pisar é somente do pé, tendo por um lado a rocha da montanha, e do outro o precipício(barranco, desfiladeiro, etc.). Mas a vontade de alcançar o cume dessa montanha nos faz seguir em frente, mesmo que se esteja fazendo esforço a 2.800 metros de altitude, onde o ar fica mais escasso. Levei 50 minutos para subir essa montanha Waynapicchu(é aquela grande que se vê ao fundo nas tradicionais fotografias de Machu Picchu), e consegui! Infelizmente o tempo não ajudava, mas por poucos minutos, quando a neblina era afastada pelo vento, pude admirar a beleza do lugar, em ângulo de 360 graus. Fascinante! Possivelmente eu vá complementando essa preciosidade que é Machu Picchu, e também do Vale Sagrado, isso porque trata-se de sentimento pessoal sobre algo que as palavras nunca vão conseguir transmitir, por mais que se escreva. Dizer da beleza, do que essa obra-prima do homem é e do que representa, é ser retórico demais. Para quem um dia sonhar em vir a Machu Picchu, como eu, só posso dizer: venha! vale a pena. Para aqueles que pretendem fazer do sonho uma realidade, em especial se for de moto, não há dificuldade e jamais será impossível ou perigoso. O que poderá haver, apenas, serão alguns contratempos, os quais fazem parte da vida, mas por outro lado preparam melhor a experiência do homem. As informações via internet não são rápidas, muitas vezes sequer é possivel mandar fotografias para o site, e quando consigo é demorada a transmissão. Por isso dos atrasos. Cusco é um cidade grande, e dessas que eu já passei no Peru é a mais bonita (mas o trânsito igual, muito louco). No Perú há grande influência religiosa católica, por isso as igrejas em geral são bonitas. Aqui em Cusco me senti num lugar seguro, (pelo menos na parte mais central), pois há inúmeros policiais. Há uma praça chamada Plaza das Armas (aliás, quase todas as cidades no Perú tem um Praca das Armas), que é o coração de Cusco, e onde se situam duas igrejas muito bonitas, com destaque para a Catedral. Em Cusco também há a famosa pedra dos 12 angulos, obra essa também deixada pelos Incas. Amanhã vamos iniciar a viagem para Nasca, devendo parar em Abamcay para pernoitar, uma vez que é dificil de fazer esse percurso(700 km) num dia, pois as informações dizem que há muitas curvas, subidas e descidas. Vamos ver depois.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário