Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Finalizando a viagem. Objetivos atingidos. Felicidade de prazer e conquista. Amanheci em Roque Saenz Pena com chuva, como quase em toda a noite passada. Acordei tarde em face o cansaço do dia anterior. Eram 08:30. Arrumei as maletas e, sob chuva, coloquei na moto. Saí próximo das 10:00 horas, abaixo de chuva. Informaram que em todo o trajeto dessa região norte da Argentina estava chovendo. Que bela notícia! Parti andando devagar, não passando de 50/60 km/h, pois havia aqueles sulcos na pista deixados pelos pneus dos veículos, o que tornava perigoso derrapar/aquaplanar. Assim foi por 120 km, quando então parou de chover e a pista começou a secar. Que alivio! A partir de então calculei que poderia chegar em Lajeado no mesmo dia, numa tocada de 1.100 km total. Estava indo tudo bem até entrar na cidade de Corrientes, único lugar que não imaginava ser extorquido. E dentro da cidade, pelos fiscais de trânsito da municipalidade (são os azuizinhos deles). Esses corruptos e desonestos fiscais alegaram que eu havia passado um sinal vermelho, e me perseguiram em três motos e mandaram encostar na via lateral. Obviamente que não havia ultrapassado por qualquer sinal vermelho, mesmo porque nessas situações de cidades desconhecidas eu tomo a precaução de acompanhar, devagar, o fluxo do próprio trânsito, mantendo-me do lado direito da via. Mas, enfim, era o que alegaram, apesar de eu referir um caminhão que estava à frente e automóvel que estava atrás. Nem assim resolveu, e tiveram a cara de pau de dizer que o caminhao também estava sendo multado mais adiante. Pura mentira. Daí eles vêm com o papo de ir até uma repartição para pagar a multa, que demora para abrir, etc., ou então poderia pagar para eles, que seria liberado logo. Nesse momento entra a negociação para diminuir o valor. Acertado em ´apenas` US$ 100,00, uma vez que eu tinha pressa e não queria perder tempo(e possivelmente discutir o assunto e não pagar a multa, e ter que pernoitar na cidade), e fui liberado, sem recibo de multa, mas acompanhado pelo fiscal até a saída da cidade, para que nenhum outro fiscal me ´multasse´ novamente. Fiz contato por e-mail com o amigo Mazzo e contei o suscedido. Ele respondeu depois que com ele também os fiscais pararam e alegaram que não poderia transitar pela via central(a que eu estava). Mas ele não tinha tanta pressa, e daí os fiscais recuam na estratégia, acabando por pagar o dízimo bem menor que o meu. Somente consegui anotar a placa da moto do fiscal que me acompanhou(e recebeu o dinheiro) até a saída da cidade: 124 DED. Esses fiscais se vestem também de camisa e calça tons azul, e usam capacete branco. Ah... na moto desse fiscal não funcionam as sinaleiras! Depois desse roubo à luz do dia, acelerei um pouco mais mas sempre sob tensão a cada posto policial que passava. Eles são famosos nessa região. Mas não tive mais problemas, e logo cheguei na fronteira com o Brasil, em São Borja. Daí pra frente estava em casa. Cheguei em Lajeado às 01:00 horas do dia 24/01/2008. São, salvo e feliz!

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