Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

terça-feira, 4 de janeiro de 2011






Após o café, por volta de 8horas, saímos em direção a Ollantaytambo. Nosso próximo destino e paradeiro para três noites. Decidimos por Ollantaytambo porque o trem que vai a Machu Picchu parte desta cidade (na verdade vai até Aguas Calientes, para então pegarmos uma van até as ruínas de Machu Picchu), evitando assim acordar tão mais cedo(se fossemos a Cusco) e enfrentar uma hora e meia a mais de viagem.
Saindo de Puno, passar por Juliaca é a legítima aventura. São pessoas tentando caminhar por entre bicicletas, motos, vans, carros e aqueles “táxi-moto” ou “táxi-bicicleta. É tudo muito louco e confuso. O Luis precisou ter “muito braço” para segurar a moto e desviar de todo este sufoco, tendo que entrar no ritmo da buzina, pois o trânsito no Peru assim é que funciona: na buzina. Infelizmente não existe outra saída senão enfrentar este caos. Saindo da cidade, observamos o lixão a céu aberto, com verdureiras próximas a ele. É incrível!
Em Juliaca o Luis abasteceu.
Saindo de Juliaca, percebe-se que a agricultura e a produção de gado, tanto quanto os rebanhos de ovelhas, é muito acentuada. Em geral se observa as mulheres cuidando. Por vezes estão em grupos fazendo um lanche à beira da estrada ou no próprio local que estão trabalhando. Como estamos em época de férias, as crianças aproveitam para estar com as mães. As casas são muito simples, feitas de pedras e barro, muitas cobertas com juncos. Também há muito entulho ao redor das casas, e, em algumas, o pátio da casa serve para o próprio rebanho. Nem todas as casas possuem energia elétrica.
Passamos por diversos “pueblos”, e à medida que íamos chegando, estas plantações estavam melhor definidas e organizadas. Também as casas com melhor acabamento. Havia grama em volta delas, o que dá uma melhor aparência de limpeza e organização.
Neste percurso enfrentamos em torno de 40km um asfalto muito ruim (entre Juliaca e Pucara), mas de resto muito bom.. Isto acaba gerando preocupação, porque é uma rodovia com maior movimento e desviar dos buracos que são tantos, com uma moto tão pesada não é nada fácil. Então, nada melhor que diminuir a velocidade e aproveitar a paisagem.
Para um melhor registro desta paisagem no altiplano da Cordilheira Amazônica, sugiro uma filmadora, como já havia constatado desde que iniciamos o deserto.
Em Sicuane, o Luís resolveu abastecer novamente. Este é outro cuidado necessário. Os grifos não são nada apresentáveis, então você precisa ter certa cautela. Mas há gasolina por todo o trajeto.
Aproveitamos para comer uma maçã. É bom sempre ter algumas barrinhas de cereais e água (levamos, mas estava na maleta amarrada)..
Ao longe se observava algumas nuvens bastante escuras, e o frentista conhecendo bem a região e a mudança de tempo, disse que em torno de 20km pegaríamos chuva, e como faltava em torno de 200km para o nosso destino, resolvemos nos abrigar com as capas de chuva, e também tive que guardar a câmera fotográfica.
Realmente pegamos chuva a partir de Sicuane, mas muito fraca e por pouco tempo. Foi bom termos colocado as capas, principalmente porque o frio aumentou. Um vento bastante gelado.
Pouco depois de Urcos há um desvio, à esquerda, a ruta principal com direção a Cusco, e à direita, em direção ao Vale Sagrado (São Salvador, Calca, Pisac, Urubamba e Ollantaytambo), este nosso destino.
A partir desse desvio à direita (todo asfaltado), acompanhamos o famoso rio Urubamba, que corta todo o Vale Sagrado e passa por Machu Picchu.
Viemos todo o caminho observando a alteração das montanhas, com um visual diferente e muito bonito.
Chegando à cidade de Ollantaytambo, o Luis se deparou com um problema: o asfalto havia acabado e começava então um calçamento de pedras totalmente irregulares e molhadas pela chuva, totalmente escorregadias. Estava tão difícil de pilotar que precisei descer da moto e seguir à pé por um bom trecho.
Toda cidade peruana tem sua praça central, onde tudo gira por lá. Entramos por ela(não há outra opção), e pra variar aquela mesma confusão do trânsito. De certo modo a gente se acostuma, e até faz parte do turismo.
Pegamos informação sobre um hotel, e era perto da praça: Hostal Inka’s Garden (que recomendamos, pois o preço é razoável = US$ 25,00 por dia , e muito atenciosos), que possuía estacionamento para moto (no pátio do hostal, claro), o que é raro por aqui. A maioria dos turistas vêm de excursões. Quando o Luis colocou a moto no pátio, percebeu opneu murcho. Havia um prego no pneu traseiro. Bom, o conserto fica pra amanhã.
Fomos então comprar as passagens para ir a Machu Picchu. Outro problema, não havia para amanhã no trem econômico, como havíamos planejado.. Então a solução foi comprar a passagem que ainda havia, no trem Vistadome, com o dobro do preço, e ainda assim para o outro dia. Deixamos como sugestão para as pessoas que pretendem visitar Machu Picchu e que consigam se programar para aqui chegar num determinado e certo dia, comprem pela internet com no mínimo três dias antes Preço trem econômico: US$ 39,00 ; trem Vistadome: US$ 64,00. O caminho e tempo é o mesmo. Amanhâ, então, vamos visitar as ruínas Incas aqui de Ollantaytambo.

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