Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011










Acordamos cedo, pois o taxi que nos levou para o passeio de barco no lago Titicaca chegou as 7horas.
Inicialmente, quero dizer que não é nada fácil viajar dois dias seguidos e por tantos quilômetros, principalmente quando parte do trajeto é com vento. Minha cabeça dói, a nuca, bem, todo o corpo. Mas é um cansaço que passa em seguida, pois o visual compensa.
Logo que embarcamos – e o barco vai lentamente -, seguimos para as ilhas flutuantes dos Uros. Essas comunidades sobrevivem do junco (que forma a ilha) que cresce no lago, da pesca, do artesanato e hoje também do turismo. Conforme o guia, as visitas são feitas alternadamente às ilhas. Na ilha que visitamos vivem seis famílias, cada uma tem a sua casa feita do junco. O junco também serve de alimentos (fazem pão, etc.) Dentro da casa está a cama do casal e dos filhos, e também suas roupas. A casa serve somente para dormir, pois a preparação das refeições é feita do lado de fora. As mulheres bordam e os homens pescam.
O que nos chamou a atenção foi a tecnologia que existe na ilha. Eles têm a captação de energia solar para poder ter um aparelho de televisão.
Seguimos depois com o barco até a ilha Taquile. Foram 2h 30min andando muito lentamente. O lago Titicaca é deslumbrante. Na ilha Taquile vivem em torno de 2.500 pessoas, formando uma comunidade, dividida em 6 regiões.
Eles vivem da agricultura, artesanato e turismo. Uma vez ancorado o barco, a subida à pé é longa e cansativa, mas compensa pela linda paisagem que nos acompanha. Chegamos até a arena em que o guia iniciou as explicações de todos os costumes e utensílios por eles utilizados.
Após, eles apresentaram a dança da colheita, e, para a dança do matrimônio, convidaram alguns turistas do nosso grupo. Foram muito atenciosos e divertidos. Também quero salientar que os trabalhos de tecelagem e artesanato são lindíssimos. Aqui nesta ilha os homens é que fazem o tricô, utilizando cinco agulhas ao mesmo tempo.
Fomos encaminhados, então, para um espaço destinado ao almoço. Foi servido uma sopa de verduras e em seguida uma truta grelhada com arroz e quinua. Aliás, a quinua é muito forte na agricultura do Peru. Um sabor especial. A paisagem à mesa do almoço é o lago Titicaca, e ao fundo a Bolívia.
Após o postre (sobremesa) de gelatina, foi servido um chá de coca com folhas de hortelã, típicas da região, por ser digestivo. Tudo estava delicioso.
Retornamos deste passeio felizes.
O motorista da van nos deixou no centro (via peatonal), onde há o forte do comércio(restaurantes, lojas, bancos, etc.). Jantamos em outro restaurante, e para meu gosto bem melhor, e financeiramente mais em conta. Amanhã seguiremos para Ollantaytambo, pois resolvemos não ir direto a Cusco, assim ganhamos mais tempo.

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