Dakar - Paso San Francisco

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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Dia 6 - Chala/PE a Chancay/PE

Hoje foi um dia mais de rodar. No inicio, as curvas, penhascos e Oceano Pacífico, como ontem. Depois disso, sem atrações. O deserto peruano é mais montanhoso, o que atrasa o avanço da quilometragem. Mesmo quando das retas quase intermináveis, mantemos velocidade cruzeiro de 120/130 km/h. Passando Nazca, no povoado El Ingenero, visitamos um museu onde tem uma mumia de uma inca, bem conservada, Passamos por vários lugares onde há grande produção de frutas e vegetais, em pleno deserto. Esse trecho tem muitos "pueblos", quando demora pra passar. O calor foi aumentando, embora suportável. Nas cidades um pouco maior era terrível, por causa das sinaleiras, muito movimento, era um anda/para até passar Chiacha, daí melhorou porque era auto-pista. Almoçamos (coisa dificil) em Ica(pouco antes da entrada), num posto de  combustivel novo. Os atendentes eram divertidos. O objetivo de hoje era passar de Lima, sem entrar na cidade. Que loucura! Lima realmente é a capital do Peru, a capital da poluição ambiental, sonora e visual, pelo menos tudo que cerca a panamericana e onde os olhos enxergam. Minha roupa ficou suja de fuligem do transito. Levamos 1,5h para atravessar Lima, por 70 km. O trânsito é o caos. Em Lima (e na maioria das cidades peruanas) eles gastam dinheiro em acessórios de veículos, por exemplo: compram os veículos com aquelas lanternas traseiras chamadas de sinaleiras, no interior mandam instalar o que chamamos de piscas, mas não usam esses acessórios (e quando usam para dobrar  à esquerda, levantam o pisca para a direita, e vice-versa). Também os peruanos, de modo geral, são econômicos, pois possuem de enfeite as lanternas traseiras, mas não mandam instalar as lâmpadas do freio. E tem mais: quase todos motoristas andam com os vidros abertos, e não possuem rádio, para poderem ouvir o som das buzinas dos outros veículos... ao que eles respondem imediatamente. É uma sinfonia! Aliás, querem ver um motorista peruano trinte, infeliz? então tira  a buzina do carro dele. Parece brincadeira, mas é uma verdade sem muito exagero. Alguns quilometros antes de lima estávamos precisando abastecer, e conseguimos pouco antes de chega em Lima. Sorte, porque era um dos últimos e daí estaríamos complicados naquele muco-vuco, e sem posto de combustivel. O que também nos chamou a atenção em Lima é a quantidade de favelas, que tomam conta de todos os morros nos arredores de Lima,



 Depois de passarmos por Lima, eram 18:10 e anoiteceu, mas felizmente nesse momento a estrada perdeu todo o movimento, e era bem sinalizada. Fomos parados pela polícia. Um dos guardas apenas pediu os documentos e era comunicativo, o outro que chegou já veio dizendo que o "radar" nos pegou em excesso de velocidade. Respondi que acompanhava o fluxo e não estava em excesso (e era verdade). Era noite, portanto não  tinha radar e nenhuma policia antes para monitorar; por ser noite e o Marcelo ter problema em dirigir à noite, vinhamos devagar. Comecei dizendo que era repórter, e mostrei meu gravador portátil, e disse que estava fazendo uma reportagem sobre o Peru, etc... Se funcionou ou não, não sei, mas desejaram boa viagem. Acho que amanha não vamos conseguir atravessar a fronteira para o Equador, mas tentaremos ficar o mais próximo possível.

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