Dakar - Paso San Francisco

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sábado, 13 de junho de 2015

Dia 46 - Fairbanks-Alaska/USA a Destruction Bay/CAN














Saída tarde, as 10:00hs, tudo porque deixei para reorganizar as bolsas, uma vez que tinha desarrumado quanto para a etapa final, e deixado a bolsa grande no hotel, e passei na BMW para calibrar os pneus. Lá eles estavam (é sábado) naquele encontro de café da manhã. Encontrei na saída um motociclista de Brasilia, que já está há tempo (por etapas) na estrada, e também vai a Prudhoe Bay.  Tudo bem. Rodar pela mesma estrada nem sempre é gostoso, mas foi. Tirei algumas fotos que na ida não fiz, e aproveitei o sol, bem vivo e claro, bem como a temperatura média de 15graus, para pilotar e observar a paisagem. Retornei à Alaska Highway, e vou seguir por ela uns 3 ou 4 dias. Após passar a fronteira dos EEUU, se pega no Canadá, por uns 200kms, a pior de suas estradas, com ondulações(tobogãs), remendos, obras e pedaços com gravel(brita). Quando das obras, tem os Pilot Car com o "follow me", e daí se come muita poeira. O conjunto de cordura que lavei ontem no hotel, quando cheguei hoje tive que bater nele com uma toalha para tirar um pouco do pó. Estou no mesmo motel - Talbot Arm -, que é bom e bem localizado (US$ 100,00). O trajeto de Fairbanks até Deadhorse, na minha opinião e classificação, se divide em 3 níveis de dificuldade: fácil, médio e difícil. Quando voltei, considerei fácil, do tipo mamão com açúcar (principalmente para os trilheiros), na maior parte pista seca e sol. O senão é que se come muita poeira. O médio, considero as condições que peguei quando da ida, muita pista  molhada, alguns trechos com chuva fraca, também pista seca e pouco sol, barro por não muitos quilômetros seguidos, pouca neve,  britas compactadas e britas soltas. Requer cuidado além do normal, com velocidade, nessas situações mais complicadas, mais reduzida. Mas se passa ainda com tranquilidade, considerando os próprios limites e pilotagem em condições adversas. Por fim, classifico como de nível difícil o que ainda não enfrentei, mas tenho certeza que é de grau de dificuldade bem acima do médio, pois passo a imaginar como seria com muita neve, consequentemente muito barro, chuva por mais tempo e intensidade, pouco ou nenhum sol, que acredito faça um  lamaçal muito escorregadio. De qualquer sorte, também acho que levando extremo cuidado se passa, ainda que não tão tranquilo, mas passa. Obviamente que cada grau de dificuldade o fator tempo (relógio e climático) estão interligados de forma proporcional: quanto maior o nível de dificuldade, maior será o tempo do percurso a vencer. Se pode levar para os 400km finais, por exemplo (que é a parte mais crítica, mas mais empolgante) 4hs, 5, 6, 7 8.. ou 12hs; mas se chega. E podem ter certeza, vale a pena, e depois dessa conquista, seja por qual nível tenha se passado, muitas e boas histórias (sim história com H, pois se fez acontecer e dela agora se faz parte), poderemos contar. N~ao somos heróis, somos gente que vive! Se é para dizer quem é herói, escolho os ciclistas (muitos pelo caminho), que sofrem muito, mas muito mais que nós, as sutis brincadeiras do Sr. Tempo nessa região. Por que digo que não importa a dificuldade, que se consegue chegar ao destino? é porque há muito movimento de caminhões que, se nos fazem comer muita poeira quando de gravel(britas) na estrada, também fazem um caminho (trilho) quando das condições adversas, dando um pouco mais de base "estável" por onde suas toneladas passam. Viram com é fácil(desculpem a força de expressão!)? Isso que postei acima vim pensando pelo caminho, e achei interessante opinar para, quem sabe, ajudar algum indeciso, que até então talvez só tenha ouvido opiniões pessimistas sobre essa parte da estrada. Não fiz as anotações e controles na ponta do lápis, mas de Fairbanks a Deadhorse são aproximadamente 810 km, dos quais uns 300 é asfalto, e o resto é terra, nas mais variadas condições. Vou seguir viagem até Calgary/CAN, onde pretendo fazer a revisão da moto, e aproveitar para conhecer o Sapi, companheiro do forum de internet. Hoje foi um dia que mais motociclistas passaram em direção para o norte, seguramente mais de 30, todos com suas  possantes carregadas. É gostoso ver isso, dá uma satisfação enorme de ser mais um motociclista!

Um comentário:

  1. Luis,

    Muito contentt com o post acima.

    Tenho acompanhado seu blog diariamente, olho tambem sua localizacao no spot. e contete tambem que logo mais seu spot vai marcar um ponto aqui em nossa casa!

    Quero te dizer que estamos te esperando aqui em Calgary com um churrasco de comemoracao pelo seu feito!

    Parabens,

    Saudacoes, ride safe

    Sapi

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