Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008




Contratamos ontem à noite, quando chegamos a Nasca, o vôo sobre as linhas de Nasca (US$ 45,00 = vôo, taxa aeroporto e traslado hotel). Valeram esses dólares! É impressionante e muito legal esse vôo de teco-teco, que cabe somente 3 pessoas (eu, o Mazzo e esposa Lilian), Depois que chegamos desse sobre-vôo foram o Ray e esposa Eliana. Aconselha-se a não tomar café antes do vôo, por questões óbvias. Essas figuras (são 13 no total) somente podem ser vistas de avião. Todas elas seguem linhas de desenho perfeitas, o que nos leva a imaginar como e por que foram feitas. Não há nenhuma explicação lógica ou científica de quando foram esculturadas no chão, tampouco quem as fêz. Elas têm algum significado, mas acho que é diferente em cada pessoa que as vê. Uma das figuras, por exemplo, é de um macaco, animal que não habita o deserto. Por que, então??? Nasca é uma cidade média-grande, e movimentada. Nasca não é só uma cidade, é um povo que habitava entre 300 AC a 600 DC, que também tinha ilimitados conhecimentos como os Incas. Em Nasca há uma obra chamada ' aqueduto', com mais de 1.000 anos, feita pelo povo Nasca. Trata-se de uma canalização subterrânea para levar água às plantações, e em alguns pontos fizeram respiradores (circulos de pedra com 5 metros de profundidade) para permitir o ingresso nesses aquedutos, como também para oxigenar a água. Muito interessante! Depois do sobre-vôo, saímos de Nasca às 11:00 horas, o que podemos definir como início de retorno, tomando a Ruta 5 (panamericana). A estrada está boa, com partes novas e outras já um pouco gastas, mas bem transitável. Que diferenca com o terror de ontem! E que saudade do deserto. No início a estrada corta o deserto, tendo à esquerda, ao fundo, as primeiras montanhas da Cordilheira, e à direita, ao fundo, o Oceano Pacìfico. Aos poucos esses extremos vão se aproximando. Assim, depois de Chala(onde almoçamos), o cenário que nos apresenta aos olhos e à emoção de pilotar é muito bonito. À esquerda, temos a montanha cortada, e à direita um penhasco que coloca seus pés no oceano Pacífico. A emoção do visual completa-se com a possibilidade de poder deitar a moto nas curvas (respeitados os limites de uma custom, claro). O único porém desse percurso de hoje foi o fato de que a moto do Mazzo apresentou um problema, primeiro acendendo a luz de advertência do painel de que algum problema há no motor, e logo em seguida rebentou o cabo do velocímetro. Até achamos que pode ter uma ligação entre esses fatos, mas teremos que ir até Arequipa amanhã para verificar. Dá para andar. Por isso tivemos que ficar em Camaná, uma cidade média que não sei exatamente qual a atração que possa ter, porém os hoteis bons estão lotados. Os dois casais amigos conseguiram quarto num bom hotel, mas eu tive que ficar num ' hostal'. Mas é limpo. Nesse ' hostal' tomei um banho tipo ' Jack, o estripador', ou seja, por partes. É que a água era fria! e ainda assim levei um choque no registro do chuveiro. Mas tudo bem, isso faz parte. Amanhã cedo vamos a Arequipa, para visitar alguma igreja e para consertar a moto do Mazzo, e depois tentaremos chegar em Tacna, para pernoitar antes de enfrentar a burocrática aduana peruana. Hoje rodamos uns 400 km, e há posto de combustível em distância máxima de 130 km.

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