Estou em Puno, 09:00 horas, pronto para sair. Nesta região do Peru nunca se sabe como será o tempo. Nem daqui cinco minutos. Assim, hoje fiquei na dúvida se colocava ou não roupa pra chuva, pois embora no momento tinha sol, as nuvens estavam carregadas. Optei por proteger apenas do frio, colocando o forro térmico. Acertei, pois incrivelmente durante todo o percurso até Cusco - 390 km - nao choveu. Nos primeiros 100 km, até chegar em Pucara, o asfalto é ruim, com remendos, ondulações e alguns pequenos buracos, mas nao tão pior que no trajeto anterior. Mas depois de Pucara a estrada é muito boa, ou seja, 290 km de asfaldo bom para ótimo. A primeira cidade que se chega é Juliaca, distante 40 km de Puno. Nao é bonita e tampouco tem algo interessante para ver, a não ser pela curiosidade do caótico trânsito, em especial dos taxis-bicicleta. No Peru há quatro tipos de transporte público municipal: taxi-lotação, taxi-automóvel, taxi-motocicleta e taxi-bicicleta. O taxi-lotação eu apelidei de ´Rexona´, porque sempre cabe mais um. Além dos usuários ficarem socados dentro dessa lotação, ela ainda carrega mudança, animais, etc.. O taxi-automóvel é o normal, mas devemos sempre fechar o preco antes da corrida. O taxi-motocicleta leva duas pessoas numa cabine fechada. Por último, o taxi-bicicleta também leva 2 pessoas. Estes chamam a atencao pelo número astronômico com que existem nas cidades , especialmente em Juliaca, todos eles se atravessando e buzinando o tempo todo. É uma loucura! Bom, hoje a viagem foi desestressante, pois todo o trajeto é feito num vale entre montanhas baixas da Cordilheira dos Andes, sempre verdejantes, e em toda a sua extensão há muita criação de gado e ovelha, além de plantações, em especial de milho. Aliás, o pé de milho aqui no Peru não é muito alto como no Brasil, mas sua espiga possui grãos muito grandes, e saborosos. Esse conjunto - montanhas, vales, pecuária e agricultura - formam um espetáculo à parte, porque sequer notamos o tempo passar e os quilometros avançarem. É um cenário ontológico, suave. Por esse vale sempre há um rio ou córrego que o serpenteia, e em alguns pontos há corredeiras onde o pessoal pratica o raffing. Para completar, principalmente nos 290 km finais de estrada boa, há muitas curvas onde se pode andar em velocidade normal, proporcionando pilotar a moto fazendo inclinações, ora para um lado, ora para outro, em verdadeiro zigue-zague. Todo esse trajeto oscila entre 3.000 a 4.300 metros de altitude, sempre subindo ou descendo suavemente. O que impressiona são os campos verdes, e logicamente um gado gordo, em plena Cordilheira dos Andes, tendo em alguns pontos, ao fundo, as montanhas cobertas de neve. Em todo o Peru - principalmente nos pequenos povoados - predomina a construção das casas em pedra e barro, com o teto em sapé. Por isso que todas as casas são parecidas, com o marrom em destaque. Até agora no Peru nao há problema de abastecimento, pois quase todos os povoados (pueblos) tem um posto de abastecimento(grifo), e as distâncias entre eles dificilmente passa dos 100/120 o mais longíncuo.
Este site traz minhas viagens de moto, de médias e longas distâncias. Meu lema: Motociclismo, Aventura Sem Fronteiras. Já visitei o Deserto de Atacama (de norte a sul e de leste a oeste), Vina Del Mar, Pucon, Lagos Chilenos,Carretera Austral, no Chile; Machu Picchu, Nazca, no Peru; Mendoza, Buenos Aires, Bariloche e Ushuaia, na Argentina; Montevideo, Punta Del Este, Colonia del Sacramento, Rivera, no Uruguai; Paso San Francisco e Paso Sico; Rallye Dakar; e Alaska/USA.
Dakar - Paso San Francisco

sábado, 12 de janeiro de 2008
Estou em Puno, 09:00 horas, pronto para sair. Nesta região do Peru nunca se sabe como será o tempo. Nem daqui cinco minutos. Assim, hoje fiquei na dúvida se colocava ou não roupa pra chuva, pois embora no momento tinha sol, as nuvens estavam carregadas. Optei por proteger apenas do frio, colocando o forro térmico. Acertei, pois incrivelmente durante todo o percurso até Cusco - 390 km - nao choveu. Nos primeiros 100 km, até chegar em Pucara, o asfalto é ruim, com remendos, ondulações e alguns pequenos buracos, mas nao tão pior que no trajeto anterior. Mas depois de Pucara a estrada é muito boa, ou seja, 290 km de asfaldo bom para ótimo. A primeira cidade que se chega é Juliaca, distante 40 km de Puno. Nao é bonita e tampouco tem algo interessante para ver, a não ser pela curiosidade do caótico trânsito, em especial dos taxis-bicicleta. No Peru há quatro tipos de transporte público municipal: taxi-lotação, taxi-automóvel, taxi-motocicleta e taxi-bicicleta. O taxi-lotação eu apelidei de ´Rexona´, porque sempre cabe mais um. Além dos usuários ficarem socados dentro dessa lotação, ela ainda carrega mudança, animais, etc.. O taxi-automóvel é o normal, mas devemos sempre fechar o preco antes da corrida. O taxi-motocicleta leva duas pessoas numa cabine fechada. Por último, o taxi-bicicleta também leva 2 pessoas. Estes chamam a atencao pelo número astronômico com que existem nas cidades , especialmente em Juliaca, todos eles se atravessando e buzinando o tempo todo. É uma loucura! Bom, hoje a viagem foi desestressante, pois todo o trajeto é feito num vale entre montanhas baixas da Cordilheira dos Andes, sempre verdejantes, e em toda a sua extensão há muita criação de gado e ovelha, além de plantações, em especial de milho. Aliás, o pé de milho aqui no Peru não é muito alto como no Brasil, mas sua espiga possui grãos muito grandes, e saborosos. Esse conjunto - montanhas, vales, pecuária e agricultura - formam um espetáculo à parte, porque sequer notamos o tempo passar e os quilometros avançarem. É um cenário ontológico, suave. Por esse vale sempre há um rio ou córrego que o serpenteia, e em alguns pontos há corredeiras onde o pessoal pratica o raffing. Para completar, principalmente nos 290 km finais de estrada boa, há muitas curvas onde se pode andar em velocidade normal, proporcionando pilotar a moto fazendo inclinações, ora para um lado, ora para outro, em verdadeiro zigue-zague. Todo esse trajeto oscila entre 3.000 a 4.300 metros de altitude, sempre subindo ou descendo suavemente. O que impressiona são os campos verdes, e logicamente um gado gordo, em plena Cordilheira dos Andes, tendo em alguns pontos, ao fundo, as montanhas cobertas de neve. Em todo o Peru - principalmente nos pequenos povoados - predomina a construção das casas em pedra e barro, com o teto em sapé. Por isso que todas as casas são parecidas, com o marrom em destaque. Até agora no Peru nao há problema de abastecimento, pois quase todos os povoados (pueblos) tem um posto de abastecimento(grifo), e as distâncias entre eles dificilmente passa dos 100/120 o mais longíncuo.
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