Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011






Acordamos um pouco mais tarde, a fim de compensar o cansaço de ontem. O tempo estava totalmente fechado, nublado e frio. Perguntamos se a previsão era de chuva e nos informaram de que era normal assim pela manhã, e que à tarde abria o sol. Com o hotel lotado e uma piscina enorme e muito linda, a impressão é de que o pessoal veio para um “inverneio”.
Quando fomos acertar a conta a recepcionista falou que a janta seria cortesia do hotel; que legal, já é a segunda cortesia hotelar.
Logo após o café, terminamos de organizar as maletas e descemos. Eu fui para a frente do hotel aguardar o Luis que tinha ido na garagem pegar a moto. Fiquei admirando uma linda paisagem, fotografei, caminhei, voltei para dentro do hotel e nada do Luis aparecer. Pensei que tivesse ido fazer câmbio como tínhamos planejado, porque já tinha se passado meia hora. De repente ele apareceu.
Cheguei logo perguntando onde ele estava.... coitado, estava suando com aquele frio. O problema que o “esquecido” deixou o aquecedor de punho ligado na noite anterior, e acabou ficando sem bateria. Lembram no diário de ontem quando falei do frio da “costa Buenos Aires”, pois então, ele ligou o aquecedor e esqueceu de desligar. Dos males o menor, bateria carregada seguimos para fazer um cambio e retornar à Ruta 5 em direção a Los Andes.
Um rápido pit-stop para câmbio e seguimos o nosso destino.
Seguindo em direção à Ruta 5 percebe-se mais ainda a beleza da cidade de La Serena. Parece ser muito aconchegante e prazerosa. Bonita e organizada. Um lugar, com certeza, de passar ao menos cinco dias. Com lugares apropriados para caminhadas e corridas, pracinha para crianças, bares, até casa de cambio em plena orla do mar. Observa-se também a grande oferta de hotéis e cabanas, restaurantes e bares. É convidativa.
Passamos por um lugar chamado Cochimbo, me pareceu mais um condomínio fechado, mas muito linda.
De repente perdi o contato com o Luis, não estávamos mais nos comunicando pelo interfone. Tentei por várias vezes, desligando e religando e nada. Então o Luis resolveu parar pra gente tentar resolver o problema e nada. Resolvemos seguir em frente, mas mesmo assim fiquei tentanto faze-lo funcionar. O comunicador é uma peça muito importante, pelo menos para mim, fico em constante contato com o Luis. Lembro que na outra viagem ficava um tanto isolada, com meus próprios pensamentos.
Bem, continuávamos viajando sem o comunicador, mas com a presença do vento. Nos últimos dias ele tem sido uma constante.
Paramos num mirador para apreciar uma bela paisagem e tomar uma água. Em seguida, estacionou ao nosso lado um senhor, também motociclista de Santiago. Ele foi assistir ao Dakar em Copiapó. Sugeriu uma parada para lanche em Huentelauquen para provar um empanado de queijo. Pouco antes de chegar nesse local abastecemos.
Realmente, uma delicia este empanado. E vocês precisam ver o que para de carro. E eles vão pedindo de dúzia, e não demora nada. Tudo é muito rápido e ótimo atendimento.
Seguimos viagem ora se aproximando da costa do pacífico, que sempre nos reserva boas imagens, ora mais para o continente. Assim fomos até Los Andes, última cidade antes de atravessar a Cordilheira dos Andes para a Argentina. Hospedamo-nos num ótimo hotel, com piscina. Óbvio que o Luís caiu na água. Encontramos nesse hotel dois canadenses – Allen e Eric -, que estavam fazendo um tour pelo Chile de bicicleta, e amanhã iriam para a Argentina. Eles trouxeram suas bicicletas de avião. Conversamos, misturando ingles com portunhol. O Luís lubrificou a corrente da moto e a deixou já abastecida para a partida de amanhã.

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