Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011






Nos despedimos dos amigos canadenses: Allen e do Erick,ciclistas, ainda no Hotel Inca em Los Andes. Estávamos saindo juntos, eles com suas bykes e nós na moto. Uma última foto para relembrar e saímos.
Hoje eu estava fazendo o percurso contrário da cordilheira (em 2007 fiz Arg-Chile), mas com certeza é sempre um espetáculo. O formato e colorido das montanhas, cada desenho formado. Tenho vontade de ficar fotografando cada pedacinho, mas não foi possível. As pilhas estavam no fim, então tive que economizar e tirar somente as fotos principais. Atravessar essa parte da Cordilheira dos Andes sempre enche os olhos, e a vista não cansa de admirar a beleza dessas montanhas.
Depois de 29 (vinte e nove curvas) de subida, chegamos à Aduana injtegrada CH-ARG, que foi muito tranqüila e organizada. Foi tudo muito ágil e rápido. Paramos muito mais tempo no trajeto do que na aduana. Um pouco antes e depois da aduana há obras na pista.
A parada obrigatória na “Puente Del Inca” para fotos, com um vento que não deixava meu cabelo em paz. E continua fechada a passagem por sobre a ponte; somente podemos avistar ao longe. Já na outra viagem,em 2007, não era mais permitida a entrada, uma lástima, gostaria de ter conhecido. O Luis chegou a visitar, mas foi em 2000. Era numa época um hotel, com banhos termais.
Chegando em Uspallata-ARG, o Luis observou fila no posto de combustível e resolveu parar porque não sabíamos como estava realmente a situação de abastecimento na Argentina. Com receio de não conseguir mais adiante é melhor aguardar na fila. E o calor aumentava, céu limpo e o sol a brilhar. Em seguida chegaram dois motociclistas argentinos e nos falaram que a 100km havia outro posto e que a situação estava sob controle, inclusive pela região de Mendoza, e que não era preciso se preocupar porque havia combustível já nos postos, um ou outro que ainda não havia recebido.
Então resolvemos seguir em frente porque o combustível era suficiente para mais ou menos 200km e ainda tínhamos a reserva.
Neste trajeto observamos grandes e variadas plantações.
Em Lujan De Cuyo paramos para abastecer e o frentista nos garantiu que tudo estava voltando ao normal. Mas o calor que fazia era demais. Tomamos água e resolvemos seguir. O calor foi aumentando. Em La Paz o Luis queria dar uma parada para tomar outra água e eu pedi pra seguirmos um pouco mais. Como ele já havia me comentado que La Paz era insuportável o calor, pensei que seria pior parar. Em Desaguadeiro o termômetro marcava 50 graus, isso mesmo: 50 graus! Fomos obrigados a fazer uma parada e tomar um energético e água.
Esta parada foi ótima, conseguimos nos reerguer. Ainda no posto o Luis verificou o mapa para ver quais seriam as próximas cidades para a gente então procurar hotel.
Começamos a observar uma mudança no tempo. Muita movimentação das nuvens e escurecendo. Daí vem aquela pergunta: paramos para colocar capa de chuva ou seguimos um pouco mais? ... com aquele calor colocar capa de chuva, ninguém merece.... resolvemos seguir um pouco mais. Ao longe e para o lado esquerdo começamos a observar os raios.
Passando pela cidade de São Luis, que era nossa intenção parar, mas resolvemos continuar. A partir de Desaguadero observa-se um asfalto muito bem cuidado, em duas pistas, e com todo o trajeto (mais de 200km) por essa província de San Luis, com postes de iluminação pública, pintados com as cores do arco-iris. Inclusive os viadutos e guard-reales são pintados. Seguimos o caminho observando as plantações e a movimentação das nuvens. De repente água no asfalto. Já havia chovido antes de chegarmos.
Fomos andando, passamos também por Vila Mercedes, mas acabamos chegando em Vichuña Mackane, resolvemos parar porque nos disseram que seria o melhor hotel da região e como o tempo estava bastante ameaçador, é melhor garantir.
No hotel havia duas vagas e o Luis era o segundo e já tinha outra pessoa aguardando. O primeiro desistiu porque a família era muito grande e então resolvemos permanecer, mesmo não sendo uma maravilha. Mas pelo preço que cobram (US$ 60,00) deveriam apresentar algo bem melhor. A parada foi obrigatória pelo avançado da hora e o tempo que piorava.
Assim que o Luis retirou as bagagens e levou a moto para o estacionamento, observou outras motos ali estacionadas, e depois veio a saber que eram chilenos, em retorno, que pararam nesse hotel porque foram pegos de surpresa por uma chuva muito forte e intensa. A parada foi obrigatória.
Descemos em seguida para jantar e começou a chuva.
Nada como uma boa cerveja gelada para recarregar as energias. Após a janta o Luis ficou conversando com os motociclistas, e eu, subi rapidamente as escadarias para um merecido banho e descanso. Amanhã seguiremos já em direção ao Uruguai, mas ainda não decidimos se iremos por Buenos Aires, atravessando a Colônia Del Sacramento pelo buquebus, ou vamos por Colon/Paissandu.

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