Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

sábado, 1 de janeiro de 2011










Antes de iniciar o dia de hoje, quero salientar a importância de trazer uma botina confortável para as longas caminhadas em São Pedro. Confirmo porque a minha bota de viagem tem sido a minha grande companheira. Ela ficou foi sujinha de areia e da terra que aqui existe. Mas a esta altura isto é o que menos importa. Importa sim o quanto eu aproveitei cada passeio. E quero também cumprimentar a este povo que aprendeu a cultuar e respeitar a natureza e saber administrar com o turismo. É uma cidade atípica, com um povo bastante cordial. A primeira impressão é bastante assustadora, pelo menos para mim, mas soube que outras pessoas também sentem apreensão quando aqui chegam, mas garanto que é passageiro. Logo aquela visão deixa de existir.
Saímos de São Pedro por volta de 9horas e seguimos até Calama, onde paramos para o abastecimento e algumas informações sobre a rodovia a ser seguida.
Com o problema da falta de combustível na Argentina, o Luis tinha duas garrafas de combustível que acabaram vazando com a altitude. Digo que sempre encontramos pessoas muito atenciosas e prestativas. O frentista, prontamente, pegou as garrafas e trocou as tampas para que o problema fosse solucionado, e encheu novamente. É apenas precaução.
Partimos então para uma nova estrada, reformada recentemente. Excelente, pois o Luis que o diga, na viagem passada a estrada era bastante esburacada.
E seguimos deserto afora. Decidimos que nossa parada seria em Pozo Almonte, para almoçar. Bem antes tivemos a parada obrigatória na policia em Quilágua, para apresentação do documento da moto e desta vez foi bem rápido e não estava tão quente, mas mesmo assim tivemos que tirar as roupas quentes, porque no deserto à primeira hora da manhã é bastante frio, assim como à noite, mas durante o dia o calor é bastante forte.
A paisagem agora era diferente, continuava a ser deserto, mas com outra moldura. Estávamos praticamente sozinhos na estrada e não sentimos medo.
Em Pozo Almonte o Luis abasteceu e fomos almoçar. Somente uma salada. Não gostamos de comer nada pesado ou codimentado. Água, muita água, principalmente eu. Bem, eu tenho conseguido tomar água, fotografar e até tirar uns cochilos em cima da moto.
Uma parada rápida de almoço e xixi, e também um bom alongamento.O Luís aproveitou a parada e lubrificou a corrente da moto. Nossa jornada continua. Decidimos que iríamos por Arica, mas antes o Luis deu uma paradinha na cidade abandonada para foto - Humberstone. Não pudemos visitar porque estava fechada.
Fomos em direção a Arica, em torno de 160km. E não foram nada fáceis. O vento quase nos carregava. Este caminho é marcado por muitos redemoinhos, um deles estava atravessando a rodovia e o Luis deu uma parada para não ficarmos cobertos por tanta areia.
Para ir à aduana peruana (fronteira), devemos entrar em Arica. Abastecemos logo na entrada, e seguimos à fronteira.
Os trâmites dessa vez foram rápidos, segundo o Luis, coisa de 45 minutos. Estava quase vazio, e os fiscais do Peru ficavam juntos para colocar aquele monte de carimbos no formulário. Ah... sendo feriado uma venda próxima que vende os formulários estava fechada, assim, para não retornar até Arica para pegar os formulários, o Luis comprou de um peruano, com ágio. Em função do feriado, também não há câmbio no Banco da fronteira. Realizada a tramitação (a que demora mais é da liberação da moto), entramos no Peru(país, kkkk).
Fomos até Tacna, a 50 km, onde pernoitamos. A cidade, no centro, é muito legal, e estava agitada com as famílias passeando e crianças brincando com seus presentes de natal em frente à igreja. Achei o deserto de Atacama enfrentado no dia de hoje muito bonito, enigmático e insólito. É incrível como o "nada" é bonito. Amanhã seguiremos para Puno, cidade do lago Titikaka.

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