Dakar - Paso San Francisco

Dakar - Paso San Francisco

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011






Como tínhamos que enfrentar a fronteira, então o jeito foi acordar cedinho. Tomamos um cafezinho rápido e seguimos viagem sabendo que o dia seria puxado.
Estava um amanhecer gostoso. Sentia um friozinho, até chegar na aduana do Peru. Com a função de: vai para um guichê e mandam a gente para outro, e o outro manda voltar, etc, que com esta correria o calor aumenta. Daí retorna para o segundo, porque falta preencher um formulário. A única coisa certa é que precisamos de cinco (5) carimbos. E antes de sair, faltava mais um formulário, adivinhem: para ser carimbado.
Na entrada para o Chile os guardas até são mais solícitos. E foi bem mais rápido.
Em Arica, o Luis abasteceu e seguimos em frente. A paisagem já era conhecida. A única diferença foi o movimento que havia, porque o dia que passamos na ida era feriado. A única coisa ruim deste percurso é o vento muito, mas muito forte.
Em Pozo Almonte, com a cabeça bastante zonza do forte vento, paramos para abastecer a moto e nós.
Seguimos pela Ruta 5 (Panamericana) até desviar para Tocopila. Até esse desvio não tínhamos certeza por onde iríamos, tudo foi sendo resolvido andando. Daí em diante a paisagem era novidade para mim e também para o Luis. Mesmo continuando o deserto, sempre há uma diferença. A descida para a cidade de Tocopill é bastante lenta e acentuada devido às curvas. A paisagem que se abre por entre as montanhas e muito linda. Paramos no posto, com os ouvidos totalmente fechados. Um breve lanchinho e um pi, porque queríamos chegar em Antofogasta.
De Tocopila em diante a paisagem é totalmente diferente. O mar te acompanha sempre. Oceano Pacífico à direita, e Cordilheira à esquerda. E nós tivemos o privilégio de toda a viagem o sol nos acompanhar. É deslumbrante. Foram 193km sem se perceber, por tamanha beleza de imagem que se tem a frente. Nem o forte vento foi capaz de nos tirar a alegria.
Chegamos à Antofagasta um pouco tarde, e começamos a ficar preocupados porque os hotéis estavam lotados, até que nos informaram do Hotel Ibis. Como não se sabe o dia que se vai chegar na cidade, não há como fazer reserva, isso passa a ser uma preocupação. Para nosso alivio havia vaga. E com certeza foi uma ótima opção, porque o atendimento foi muito bom, sem contar com a infra-estrutura, e nova, recém-inaugurado e o preço, como diz meu marido, acessível.
Jantamos no próprio hotel e queríamos tomar uma cerveja, mas para nossa surpresa, eles não servem bebidas alcoólicas. Assim que acabamos de jantar, um belo prato de salmão com verduras, fomos no bar Tquila pra tomar uma cerveja; muita boa! Decidimos hoje que seguiremos para o sul do Chile, o que significa que não vamos retornar por São Pedro de Atacama. Um dos motivos é que para o sul será novidade, e o outro é que se atravessarmos por Mendoza estaremos menos tempo na Argentina, e por cidades maiores, por causa das notícias de falta de gasolina. Boa noite.

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