Dakar - Paso San Francisco

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

General Acha-AR - 06/01/2012







Primeiramente, quero agradecer àqueles que estão acompanhando esta minha jornada, e pelas mensagens enviadas. Bom, hoje cansei, tendo partido de Junin de los Andes às 08:30, chegando em General Acha-AR às 19:50 hs. Considerando as distâncias entre cidades na região que estou, tive que optar entre fazer quatrocentos e poucos quilômetros, ou oitocentos e poucos. Rodei 823 km, atravessando o deserto norte da patagônia. Ainda peguei vento contra no último trecho, onde a moto bebeu mais gasolina que eu cerveja. Uma coisa que estava esquecendo de dizer: nenhuma (nenhum mesmo) hotel que fiquei desde que ingressei na patag^nia argentina e chilena, tinha ar condicionado. Alegam que este ano está maluco, pois nunca é tão quente e nem dura tanto tempo. Chuva, nem pensar até agora (mas amanha acho que pegarei, pois tá nublado). Hoje cruzei por Zapala-AR, cidade de porte médio/grande, rica na produção de petróleo. De destaque como cidade hoje foi Neuquen, cidade (capital da província de Neuquen), muito bonita e organizada. Já haviam me dito que era bonita, mas para mim há aquele estigma de evitar cidades grandes, e de quando passei por ela em 2007, e agora na ida, sendo que a Ruta 22 corta ela. Mas o centro é muito bonito, moderno, tendo caído nele por acaso, mas valeu a pena. Em toda a região que passei nos últimos 8 dias de viagem predomina o turismo da pesca. Portanto, para aqueles gostam de pescar (truta ou salmão), todas as cidades ao longo da Cordilheira dos Andes, tanto do lado argentino quanto chilena, tem a pesca como atrativo. Logo quando saí de manhã de Junin, havia uma névoa reinante por muitos quilômetros. Sobre o trajeto de hoje não é diferente do da ida, trata-se de um deserto com nuances pouco variáveis, mas guarda certa beleza, não tanto para fotografar, mas para curtir a pilotagem, em especial quando se sobe ou desce alguma das “cuostas” existentes no caminho, com suas curvas suaves. O chato são as retas. No caminho, quando estava abastecendo em Casa de Piedra (uma represa enorme), apareceu um argentino e daí em diante fomos juntos até aqui(Acha), e ele seguiu adiante. O hotel onde estou é de beira de estrada, sendo que os melhores estão lotados. Nesta cidade, cartão de crédito nem pensar (exceto no posto de combustível), pois os hotéis e restaurantes não trabalham com “tarjetas”, somente no “efetivo”. E de “efetivo” tenho pouco, então troquei no próprio posto com pagamento no cartão junto com a gasolina (foram legais – posto da Petrobras), ou em alguns lugares aceitam o dólar. Aproveitei e fiz a lubrificação da corrente, em frente ao restaurante do posto. Continua o problema de abastecimentos, onde as filas maiores são nos postos YPF. Muitas vezes, durante a pilotagem, penso em uma próxima viagem trazer um mino gravador e instalar um microfone no capacete, porque daí tudo que me vem à mente para relatar eu gravo, assim não esqueço depois quando estaciono no quarto. Um dia eu faço isso, e daí não precisarei ir complementando cada dia da jornada, quando me lembrar de algo. Hoje, ao contrário dos outros dias, passei por muitos moto-viajantes, estes iniciando suas jornadas. Nesse momento (e em outros também) penso: por que não ganho na loteria, assim poderia dar a volta e acompanhar esses caras, seja lá pra onde vão!

2 comentários:

  1. Luis!
    Estamos acompanhando tua aventura, pois estamos de partida marcada para dia 9/1/2012 por esta rota e teu relato está sendo valioso para nós e nossa intensão é chegar ao Ushuaya.
    Ainda bem que não esperaste para ganhar na loteria para fazer este percurso, tenho certeza que outros mais virão.
    Abraço e boa viagem!
    Serra e Manja

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  2. entra no teu email!!!!!! te amamos.. beijos

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